CEI Award 2012 Conference & Forum of CEI’s Young Researchers | March 22nd 2013

March 22nd 2013 | 16.00 | ISCAP

CONFERÊNCİA DO PRÉMİO CEI 2012

“Edição, Tradução e Análise do Livro In Permanet Transit:  Discourses and Maps of the Intercultural Experience”, Sara Brusaca

A comunicação consistirá numa apresentação sobre o relatório de projeto intitulado “Edição, Tradução e Análise do Livro In Permanet Transit: Discourses and Maps of the Intercultural Experience”. Serão apresentadas as várias etapas construtivas do projeto, assim como as descrições e anotações mais relevantes. Com o objetivo de dar a conhecer todo o trabalho por detrás da publicação de um livro, como objeto de estudo, a comunicação representa uma oportunidade de apresentar sucintamente os pontos mais importantes do relatório de projeto em causa.

Bionote

Sara Brusaca é tradutora e professor de Inglês. Em 2009 completou a sua Licenciatura em Línguas Estrangeiras Aplicadas na Universidade do Minho. Agora conta também como terminado o Mestrado em Tradução e Interpretação Especializadas no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto. Em 2010 participou num curso intensivo em Tradução Audiovisual no Imperial College em Londres e, em 2011, participou também num Seminário para Professores da Língua Inglesa na Universidade de Oxford.


FÓRUM JOVENS INVESTİGADORES DO CEI

“Mundos dentro de um Mundo: Representações interculturais na Polónia sob a influência Nazi (1939-1942)”, Nuno Andrade

A Alemanha, sob a influência do partido Alemão Nazi, deu início a um confronto que mudou a face do mundo. Inicialmente os seus países vizinhos Europeus, depois alguns mais distantes e até o continente Africano sentiram o seu poder e tremeram de medo.

Medo, um sentimento tão poderoso que em pequenas quantidades, pode aguçar os sentidos mas que, em quantidades grandes, pode gerar pânico, suprimir o intelecto e até levar a negar aquilo que temos presente como verdades absolutas.

A Europa era uma mistura de culturas; até os próprios países eram uma mistura de culturas.

A Polónia era um desses países. Neste país, Polacos, Judeus, Ucranianos e Romanis viviam numa paz frágil mas duradora. Quando a II Guerra Mundial começou, as cidades polacas foram conquistadas uma após a outra e, uns após os outros, os seus cidadãos foram confinados à sua cidade para manter a ordem pública. Nesta época de incerteza e insegurança poderíamos pensar que todas estas culturas, diferentes nas suas fundações mas todas elas constituídas por seres humanos que respondem da mesma forma em situações desta natureza, sentir-se-iam na necessidade de se juntar, deixar de parte as suas diferenças e tentariam fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para assegurar aquilo que é a necessidade básica de qualquer ser humano: sobreviver.

A sobrevivência é o instinto mais básico atribuído ao ser humano. O medo de não ser capaz de sobreviver gerou algo que vai contra este tipo de certezas. Gerou ódio. Não ódio contra o inimigo comum mas sim uma cultura contra a outra. O exército Alemão Nazi foi implacável na sua marcha em busca do domínio total mas, em alguns casos, não foi ele apenas a face do terror.

O exército Alemão Nazi conquistava e seguia em frente, a caminho da próxima conquista, deixando governos de fachada para manter a ordem. O medo e o terror eram gerados por outrém. Um verdadeiro choque de culturas cujo resultado foi um dos maiores derramamentos de sangue na história do mundo civilizado.

Bionote

Nuno Andrade, licenciado em Assessoria e Tradução pelo ISCAP, tornou-se investigador no CEI – centro de estudos interculturais no final da sua licenciatura onde desenvolveu um artigo acerca das representações interculturais na Polónia sob a influência Nazi sob a orientação da Doutora Clara Sarmento, diretora do centro. Autor publicado na edição de 2012 da POLISSEMA – revista de letras do ISCAP com este artigo, fazendo parte dos recursos do CEI como investigador colaborador. Tradutor e intérprete de profissão está neste momento está a dar formação de línguas, Inglês e Espanhol, na Escola Profissional de Vila do Conde.

“Futebol – O Caminho de África até à Europa”, Jorge Nuno Sequeira

Esta apresentação centra-se na influência do colonialismo português no processo migratório de jogadores africanos para a Europa e para Portugal, em particular. África desempenha, no mundo do futebol, o mesmo papel que desempenhou ao longo da História, na fundação de alguns dos impérios mais poderosos do mundo (português, inglês ou francês, por exemplo): o de “fornecedor” quase ilimitado de mão-de-obra. O continente africano ainda procura o seu lugar de destaque no mundo do futebol; com um passado recente repleto de episódios de conflitos sociais, guerras civis e discriminação racial, terá sido neste continente que o futebol começou a ser visto como ferramenta para a evolução social e como amenizador de conflitos. Numa realidade sempre envolta em conflito e opressão, o futebol representa uma “luz ao fundo do túnel” para os que acreditam ser possível criar um continente baseado em boas relações políticas entre países, em valores democráticos de eleição dos seus líderes e numa exploração socialmente justa do potencial do país e sempre em prol desse mesmo país.

Mas, enquanto uns procuram utilizar o futebol no continente com esse objectivo, outros vêem no desporto a sua forma de sair do seu país e evitar o envolvimento em conflitos militares, bem como procurar melhores condições de vida para si e para a sua família (quer para a que o acompanha, quer para a que permanece em África). Outros procuram, ainda, obter o maior rendimento possível desta vontade de muitos em escapar a uma realidade social menos favorável; Portugal, pelo seu passado enquanto país colonizador, também procurou nos jogadores africanos uma forma de desenvolver o fenómeno do futebol no país, além de promover o seu próprio poder político e respectivo colonialismo.

Bionote

Jorge Nuno Sequeira é mestrando em Tradução e Interpretação Especializadas no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP) e licenciado em Assessoria e Tradução pela mesma instituição. Foi estagiário do Centro de Estudos Interculturais do ISCAP entre 2010 e 2012, e bolseiro do IPP/Santander Totta para a Integração na Investigação Científica e Desenvolvimento no mesmo Centro. Trabalha como tradutor e intérprete freelancer.


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